quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Reunião de primos

Estou neste momento em Caracas na Venezuela, o primeiro pais deste continente virado ao Sul. O mês de Agosto está e será um mês de reuniões familiares. Uma reunião de primos (não todos por muita pena minha) fez com que os demais de Portugal, Venezuela e Suíça por aqui se reunissem para um mês de puro e inocente convívio. Conhecer esta família que pelas distâncias tão pouco se conhece, desfrutar momentos que muito raramente se fazem viver por motivos medidos em largos km.

Chegados a Caracas e a primeira impressão foi de um total caos, a cidade equilibra-se de uma maneira impossível, sendo a anarquia o comando e regra que organiza tal sociedade. A atmosfera húmida, quente e tão pesada que não me deixou respirar nas primeiras horas após a chegada. Os nauseabundos cheiros que constantemente se fazem sentir poluem-me ainda mais os meus já poluídos pulmões. O coração bate em desassossegos de ansiedades e vontades de gritos e todas as emoções se fazem fluir à tona da pele de uma maneira nunca antes experimentada por mim.

Estadia em Caracas e bienvenidos dados com abraços e palavras de mais ou menos saudade dadas e eis que finalmente no fim do longo dia me deito e penso:

-Estou na América do Sul, a partir daqui não interessa pois o primeiro e mais importante passo está dado.

A semana que sucedeu a nossa chegada (minha, de minhas irmãs e mais cinco primos) foi no lugar de Morrocoy. A oeste de Caracas e banhado pelo mar das Caraíbas - o Caribe como lhe chamam. Ficamos hospedados no apartamento de férias do nosso tio Victor que tão amavelmente nos tem recebido, sem palavras para o descrever mas com o obrigado a ser obrigatório. Não sei se a hospitalidade lhe vem do sangue português se do calor deste país mas a verdade é que melhor recebidos não podíamos ter sido recebidos por ele e pelo o outro tio, este de nome igual ao meu e feito de Gil.


QUE SEMANA!!!


As palavras de ordem são o rum e o reggaeton que é um estilo de música bem próprio desta terra caliente. Entre dias de praias verdadeiramente paradisíacas (os disparos de fotos a captar momentos e sítios não me deixam mentir) e noites loucas a rumbiar, houve um pouco de tudo. Nunca tão próximo me senti destes meus primos que amigos se tornam quanto mais se vão dando a conhecer. Somos próximos em tudo e uma noite com mais rum e menos reggaeton prova exactamente isso. Falou-se de tudo naquela noite e até largas horas, encontrei um irmão gémeo que se embora fisicamente a isso se possa chamar, mais se aproxima quando nos damos a conhecer um ao outro. Entre lágrimas de maiores emoções já exageradas com o rum e puras gargalhadas de pura felicidade (e desculpem-me a arrogância de tal citação), conseguimos uma proximidade que apenas me diz que realmente esta família está santificada. Tal facto não me admira já que o avô do nosso avozinho António fez transportar sangue santo a três filhos, um dos três filhos desse Abade tornou-se no nosso bisavô. Estamos tocados pelo divino e isso na já quarta geração se continua a notar.


Somos treze dos dezassete primos os que estamos aqui reunidos, de sete dos oito irmãos e irmãs da família Bastos. Que grande reunião esta!


Dentro de dois dias arrancamos numa enorme caravana em uma grande excursão que tem como destino la gran sabana onde vamos passar doze dias em puro mato. Vai ser uma aventura dos diabos e apenas desejo paciência para aturar esta canalha toda, não para mim que eu também sou preciso de aturar mas a estes santos tios.

Ficam algumas fotos para que estas vos ajudem na tarefa de ver aquilo que eu não consigo dizer.



Parabés Martina!



Pela noite fora na piscina de ága salgada



Mergulho na Playa de cayo sombrero



Os primos em cayo sombrero



Almoço em familia no centro português de Caracas
E onde nunca antes tinha sentido tamanho privilégio por transportar passaporte português




Cueva de la virgen



Tio Victor com estrela do mar


Gilinho a conduzir o carro do Victor (primo)





La Redoma partilhada com malta por lá conhecida




Gilinho Supertramp na playa de cayo sombrero




Os Primos




Los Cocos



Playa Los Cocos




Flamingos num dos muitos lagos que passamos

6 comentários:

  1. Boas!

    Até estou com água no bico… só de saber que já estive nesses sitos! Desde a “Cueva de la virgen” ao centro português…. Essa cena que parece que falta o ar é mesmo só em Caracas…. Fora é tudo normal, mas com aromas diferentes dos de cá. Quanto á musica (reggaeton) e o rum é o normal, mas o rum sabe melhor aí do que aqui. E os carros sem luzes e com rodas de vários tamanhos e todos partidos??? As vezes nem se tira fotos, não?? Fica-se parvo a olhar! Manda noticias e vai metendo fotos.
    Abraço

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  2. Boa vida, essa dos primos...
    Beijo à Ritinha... do titio
    Gozem bem, pessoal
    25Agosto2009

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  3. Allô Gilinho* o nosso verdadeiro papa léguas... :) realmente, pelo que dizes e pelo que vi, estás bem e recomenda-se, venham de lá fotos com indigenas, e mulheres com 3 mamas... isso de andares a mostrar as primas, flamingos e água limpida, isso é normal :) Mostra o Gilinho guerreiro que nós conhecemos! Beijinho (menos intenso que os do Ruca) mas sincero*

    Ass: Fininho.
    Não me registo porque já tou registado em n cenas, mas assino sempre, vale? Stay high as allways. ;)

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  4. Amigo nao encontro palavras para descrever a magoa que sinto pela ausencia das nossas reflexoes... volto a sentir-me "só"...
    Não me esquecerei de te enviar obras primas.

    um grande abraço
    diverte te

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  5. Menino, esta deve ser a quadra em que mais nos lembramos de amigos, principalmente os distantes! Não queria fugir à regra, mesmo que sejas daqueles que um gajo se lembre muito mais vezes do que apenas numa certa época do ano!

    Espero que este Natal, de calções e t-shirt te saiba como nunca, e que comeces a planear este 2010 com a força toda... Desejo-te alegrias, força onde mais precisares e bons encostos, e mais não digo... já que trocaste as rabanadas por um fruto qualquer exótico à sombra de uma árvore qualquer, esta também exótica :)

    Tudo em grande como tu mano! Stay high as you can.
    Ass. Finou*

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  6. Pior que não terminar uma viagem é, realmente, nunca partir :)

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