Estou neste momento em Caracas na Venezuela, o primeiro pais deste continente virado ao Sul. O mês de Agosto está e será um mês de reuniões familiares. Uma reunião de primos (não todos por muita pena minha) fez com que os demais de Portugal, Venezuela e Suíça por aqui se reunissem para um mês de puro e inocente convívio. Conhecer esta família que pelas distâncias tão pouco se conhece, desfrutar momentos que muito raramente se fazem viver por motivos medidos em largos km.
Chegados a Caracas e a primeira impressão foi de um total caos, a cidade equilibra-se de uma maneira impossível, sendo a anarquia o comando e regra que organiza tal sociedade. A atmosfera húmida, quente e tão pesada que não me deixou respirar nas primeiras horas após a chegada. Os nauseabundos cheiros que constantemente se fazem sentir poluem-me ainda mais os meus já poluídos pulmões. O coração bate em desassossegos de ansiedades e vontades de gritos e todas as emoções se fazem fluir à tona da pele de uma maneira nunca antes experimentada por mim.
Estadia em Caracas e bienvenidos dados com abraços e palavras de mais ou menos saudade dadas e eis que finalmente no fim do longo dia me deito e penso:
-Estou na América do Sul, a partir daqui não interessa pois o primeiro e mais importante passo está dado.
A semana que sucedeu a nossa chegada (minha, de minhas irmãs e mais cinco primos) foi no lugar de Morrocoy. A oeste de Caracas e banhado pelo mar das Caraíbas - o Caribe como lhe chamam. Ficamos hospedados no apartamento de férias do nosso tio Victor que tão amavelmente nos tem recebido, sem palavras para o descrever mas com o obrigado a ser obrigatório. Não sei se a hospitalidade lhe vem do sangue português se do calor deste país mas a verdade é que melhor recebidos não podíamos ter sido recebidos por ele e pelo o outro tio, este de nome igual ao meu e feito de Gil.
Somos treze dos dezassete primos os que estamos aqui reunidos, de sete dos oito irmãos e irmãs da família Bastos. Que grande reunião esta!
Ficam algumas fotos para que estas vos ajudem na tarefa de ver aquilo que eu não consigo dizer.